(Sérgio Fonseca & Romildo)
Já que não existe mais
aquele amor tão profundo
o melhor que a gente faz
é dividir nosso mundo
Você fica com a vitrola
e com os quadros da parede
que eu fico com a viola,
o meu samba e minha sede
Você fica com a gaiola
e com o passarinho verde
que em qualquer brinco de argola
eu penduro minha rede
Você fica com as crianças
e com toda essa mobília
que eu só quero as esperanças
que não cabem na partilha
Você leva as alianças
que eu farei da minha ilha
com a poeira das lembranças
o meu álbum de família
E pra não dizer depois
quando a febre for mais alta
que esse amor não deu pra dois
mas vontade é o que não falta
O destino é que compôs
esse drama de ribalta
no seu rosto pó de arroz
no meu peito a cruz de malta
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